EXPEDIÇÃO HUMBOLDT 2000
A Expedição Humboldt coordenada pelo Núcleo de Estudos Amazônicos do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (NEAz / CEAM / UnB) em parceria com a Universidade Simon Bolivar, da Venezuela ocorreu entre 01 setembro e 03 novembro de 2000, quando se completaram 200 anos da viagem de Alexander von Humboldt aos rios Orinoco e Negro e ao canal do Cassiquiare. Durante 62 dias, ela percorreu 14 rios na Amazônia brasileira, no Amazonas venezuelano e na Guiana Francesa e reuniu 49 pesquisadores de nove instituições de ensino e pesquisa do Brasil, Venezuela, França e Estados Unidos, com o objetivo de produzir novos conhecimentos sobre a Amazônia, proteger a biodiversidade, defender o patrimônio natural, histórico e artístico, produzir material pedagógico, defender os direitos dos povos indígenas, das populações ribeirinhas e dos remanescentes de quilombos e estreitar relações científicas e culturais entre países amazônicos.
Partindo do delta do Orinoco, na Venezuela, a expedição inicialmente refez o percurso feito por Alexander Von Humboldt em 1799. Humboldt foi um dos maiores cientistas de seu tempo – amigo de Goethe, de Laplace e de Gay-Lussac, e colega do brasileiro José de Bonifácio de Andrada e Silva (o Patriarca da Independência) na Escola de Minas de Freiburg. Sendo então escolhido como patrono dessa expedição. Em companhia do botânico Aimé Bompland, Humboldt chegou à Venezuela em julho de 1799 e algum tempo depois saiu em busca do canal que une as bacias do Orinoco e do Amazonas.
Depois de ter estudado o Canal do Cassiquiare, Humboldt, já na fronteira do Brasil, não pôde prosseguir sua viagem pois as autoridades portuguesas da época negaram-lhe autorização. No 2º centenário da viagem de Humboldt pela Amazônia Venezuelana, a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade Simon Bolívar, por meio de seus cientistas e historiadores, concretizaram o percurso de Humboldt. Concluindo, assim, o trecho que ele não pode concluir há 200 anos.
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DA EXPEDIÇÃO HUMBOLDT
EXPEDIÇÃO HUMBOLDT: RECORDAÇÕES DE UMA LONGA VIAGEM PELOS RIOS AMAZÔNICOS
Série de lives em comemoração aos 20 anos da expedição
O Núcleo de Estudos Amazônicos (NEAz), do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM), da UnB, está realizando, de junho a setembro de 2020, uma série de lives denominada “Expedição Humboldt: recordações de uma longa viagem pelos rios amazônicos”, em celebração aos vinte anos da expedição científica organizada e coordenada pelo NEAz em colaboração com a Universidad Simón Bolívar, da Venezuela.
Durante as lives, parte dos participantes da expedição multidisciplinar vão falar sobre os trabalhos desenvolvidos em áreas tão diversas como hidrologia, zoologia, botânica, saúde e saneamento, antropologia, arqueologia, história, geografia, literatura, comunicação, artes visuais e fotografia, contribuindo, também, para a discussão da situação atual da Amazônia. As lives serão sempre coordenadas por Victor Leonardi, um dos coordenadores da Expedição, e ocorrerão sempre às sextas-feiras, às 11 horas, nos canais do NEAz no Facebook e no YouTube.
Expedição Humboldt
Arte, Documentação Visual, Mitos e Lendas
Na Amazônia Venezuelana
Terras de Quilombo
Botânica, Zoologia e Ecologia
Saúde e Populações Amazônicas
Hidrologia, Microbiologia e Geoquímica
Reenconstros de uma Expedição
Arqueologia e História
Humboldt
FILME-DOCUMENTÁRIO EXPEDIÇÃO HUMBOLDT
No ano 2.000, o historiador Victor Leonardi e o biólogo Cezar Martins de Sá organizaram e coordenaram uma grande expedição científica pela Amazônia, a Expedição Humboldt. Dessa longa viagem participaram 49 pesquisadores, entre eles João Lúcio Azevedo, Jader Marinho, Leonardo Ferreira, Alain Laraque, Philippe Magat, Pascal Kosuth, Naziano Filizola, Geralda Dias, Jaime Sautchuk, Fernando Soares, Tarcísio Cordeiro, Candace Slater, Fabian Borghetti, Cristiano Borghetti, Francisco Jorge dos Santos, Maurício Lima Wilker, Carlos Augusto da Silva, Juan Pratginestós, Guilherme Carrano, Maria Anália de Souza, Sol Udry, Frederico Rêgo, Isabella Fagundes, Jackson Semerene Costa, Ivan Maciel, Nelson Soriano Wanderlei.
O resultado foram vários artigos científicos, 10 mil fotos, este filme-documentário e uma coleção de obras produzida pelo artista Rômulo Pinto Andrade – Memória das águas. Algumas de suas pinturas aparecem como cenário das entrevistas. O fotógrafo Nicolas Reynard, da National Geographic edição francesa, acompanhou a expedição e fez reportagens diárias para o site internacional da revista. O filme-documentário foi realizado por Leonardi, Luiz Carlos Saldanha e Frederico Rêgo durante todo percurso da expedição. A edição final foi dirigida por Renato Barbieri e Waldir de Pina em Brasília, no ano de 2008. A linda trilha sonora inclui o grupo Uakti – Rios do Brasil e Egberto Gismonti – Dança das Cabeças/Águas Luminosas.