2ª EDIÇÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
ESPECIALIZAÇÃO EM ESTUDOS AMAZÔNICOS
INSCRIÇÕES HOMOLOGADAS PARA A 2ª EDIÇÃO DO CEEAz

De segunda-feira, 17 de março, a sexta-feira, 21 de março de 2025, estão abertas as inscrições para a 2ª edição do Curso de de Pós-graduação lato sensu –Especialização em Estudos Amazônicos (CEEAz-UnB), coordenado pelo Núcleo de Estudos Amazônicos, do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (NEAz/CEAM/UnB).
O Curso é gratuito, presencial e seu projeto pedagógico consiste em Tempo Universidade (12 de maio a 14 de junho – aula o dia todo) e Tempo Território.
Mais detalhes sobre o curso podem ser verificados neaz.unb.br/ceeaz-especializacao-em-estudos-amazonicos/2a-edicao-2025.
Clique aqui para baixar o edital do Curso
Código: PC005-2025
Nome: Especialização em Estudos Amazônicos
Carga Horária: 390
Número do Vagas: 40
Período do Curso: 12/05/2025 a 11/05/2026
laura.angelica@unb.br
Coordenador-Adjunto: Manoel Pereira de Andrade
manoelpandrade@unb.br
Diante dos desafios que o tema sugere, e da expectativa, principalmente, de estudantes, professores/as e movimentos sociais da região amazônica e da Universidade de Brasília, o NEAz/CEAM tem assumido o papel de construir um projeto de curso de pós-graduação lato sensu que contribua com a formação de profissionais para serem capazes de dialogar e analisar a realidade concreta de forma multi, inter e transdisciplinar e atuar para o maior entendimento da Amazônia e suas gentes, ampliando os estudos, pesquisas e o conhecimento sobre a região.
O curso de Especialização em Estudos Amazônicos, proposto pelo Núcleo de Estudos Amazônicos, do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, da Universidade de Brasília se justifica pelo reconhecimento da grande diversidade social, cultural, econômica e ambiental da Amazônia e pela necessidade de profissionais com formação multi, inter e transdisciplinar que dialoguem com os atores e agentes locais e tenham conhecimento e instrumentos que ajudem a interpretar as várias realidades socioculturais, econômicos e ambientais na Amazônia. Também se justifica por fortalecer e estimular, especialmente na UnB, estudos e pesquisas sobre a Amazônia, que levem em conta as especificidades de seus povos indígenas e comunidades tradicionais, podendo possibilitar uma maior articulação entre as unidades acadêmicas e visibilidade à comunidade científica que estuda a região amazônica, em especial a da Universidade de Brasília.
O curso pretende contribuir para a produção do conhecimento sobre os processos econômicos, sociais, culturais e ambientais que têm ocorrido na região, articulando-os aos saberes dos povos originários e populares. Para tal, o Núcleo de Estudos Amazônicos, do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, da Universidade de Brasília tem dialogado para construção de parcerias e intercâmbio entre instituições, movimentos sociais e setores da sociedade civil, gestores públicos, comunidade científica, entre outros.
Este curso colaborará para que os espaços de estudos e pesquisas sejam reforçados e aumente o compromisso de diversas instituições nacionais e internacionais com a conservação da Amazônia e com as suas gentes. Busca ainda colaborar com pesquisas e estudos no sentido de identificar modelos de desenvolvimento que contemplem os interesses e expectativas de suas populações. Neste sentido, é importante a conexão entre os saberes populares, conhecimentos tradicionais e o conhecimento científico e acadêmico. A maior inserção no debate e produção científica sobre a floresta mais sociobiodiversa do planeta e sobre os homens e mulheres que nela trabalham e vivem é fundamental para as instituições e a sociedade como um todo. Assim, o Núcleo de Estudos Amazônicos, do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, da Universidade de Brasília (NEAz/CEAM/UnB) acredita que este curso pode ser mais um passo nesse sentido. De uma forma geral, a proposta de curso de pós-graduação lato sensu em Estudos Amazônicos parte das vontades de estudantes e professores/as da UnB e de outras instituições em aprofundar temas relativos à Amazônia, através de debates e pesquisas de interesse dos mesmos e do público que se inserir no curso através das candidaturas. Coube ao Núcleo de Estudos Amazônicos, do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, da Universidade de Brasília (NEAz/CEAM/UnB) contribuir para sua elaboração institucional e possibilitar a organização e concretização do mesmo através do diálogo e sistematização. Portanto, a proposta de curso de pós-graduação lato sensu apresentada vai ao encontro do interesse do público ligado aos temas propostos, estimulando sua formação acadêmica em especialistas aptos a desenvolver atividades e trabalhos técnico-científicos de interesse público, por meio de pesquisas referenciadas em abordagens multi, inter e transdisciplinares e em metodologias inovadoras e participativas que busquem um maior entendimento das dinâmicas e processos sociais, econômicos e culturais que têm ocorrido na Amazônia Continental, especialmente a brasileira. A proposta de curso de pós-graduação lato sensu tem contado com a participação de universidades federais da Amazônia brasileira, entre elas a Universidade Federal do Pará, a Universidade Federal do Amapá, a Universidade Federal de Mato Grosso, a Universidade Federal do Acre, a Universidade Federal do Oeste Paraense, a Universidade Federal de Rondônia, a Universidade Federal do Maranhão, a Universidade Federal do Amazonas, entre outras. Também tem contado com a colaboração da Universidade Nacional da Colômbia, com a Universidade Amazônica de Pando, da Bolívia, entre outras. Em suma, o curso de especialização em Estudos Amazônicos tem como objetivo formar recursos humanos a partir de desafios teóricos e metodológicos que se apresentam para diferentes campos do saber, no contexto das realidades econômicas, sociais, culturais e ambientais da Amazônia, baseado na multi, inter e transdisciplinaridade, buscando a elucidação de invisibilidades e emergências de decolonialidades
Objetivos específicos- Aprofundar o conhecimento sobre as dinâmicas econômicas, sociais, culturais e ambientais, quais os efeitos dessas dinâmicas nas pessoas, na sociedade e no meio ambiente.
- Pesquisar, estudar, regatar e dar visibilidade às experiências que utilizam saberes populares e novas possibilidades de renda e sobrevivência aos povos indígenas e comunidades tradicionais. Identificar e entender as ferramentas comunicacionais da Amazônia. Como o povo se comunica; como as culturas comunicam saberes, formas de produzir, suas ancestralidades.
- Oferecer subsídios e ferramentas para a construção de um conhecimento crítico fundamentado na realidade da sociedade e dos saberes populares para construção de análises, avaliações e propostas baseadas na territorialidade e participação. Problematizar as práticas existentes que tem proporcionado o desmatamento e o impacto do lixo urbano, especialmente nas redes hídricas, as crises relacionadas ao saneamento, como vetores significativos de desagregação social e ambiental.
- Estabelecer formas de intercâmbio e cooperação entre instituições nacionais e estrangeiras visando aprofundar a pesquisa, a produção e a dinamização do conhecimento na construção e divulgação de saberes e práticas de interesse das populações da Amazônia.
- Consolidar, na Universidade de Brasília, os estudos e pesquisas sobre as dinâmicas que vêm ocorrendo na Amazônia, buscando contribuir para uma formação mais humana e solidária de profissionais, pesquisadores e docentes, atuando em parceria com outros movimentos e instituições da sociedade, em especial da Amazônia Continental.
Todas as atividades do Curso de Especialização em Estudos Amazônicos – CEEAz, como também o trabalho final devem ter como tema os povos e populações, o bioma, as cidades, entre outros relacionados às questões da Amazônia.
A 2ª edição do CEEAz terá duração de um ano composto em Tempo Universidade (TU) e Tempo Território (TT). Seu início será no dia 12 de maio de 2025 com término no dia 11 de maio de 2026.
Tempo Universidade (TU)
Esse é o período que o/a estudante cursará as disciplinas oferecidas pelo curso, todas presenciais na Universidade de Brasília. Os/As estudantes terão oportunidade de conhecer os colegas e professores e começar a definir o trabalho que farão no e/ou sobre o território amazônico, tendo como referência as disciplinas que estarão sendo cursadas.
Os/As estudantes deverão apresentar e refletir sobre o contexto histórico, social, econômico, ambiental, agrário, urbano, cultural do território, de sua origem e algo que queira mencionar nas primeiras aulas. Este contexto e mais o conhecimento que os professores têm da região é que devem direcionar os debates e leituras em sala, já direcionando para os trabalhos das disciplinas e do trabalho final.
Tempo Território (TT)
Esse período do curso será realizado no e/ou sobre o território amazônico direcionando os temas/reflexões que envolvam os diferentes aportes teóricos desenvolvidos em sala de aula. Os/As estudantes irão seguir as orientações definidas, realizando as pesquisas necessárias, os trabalhos em campo, entre outros.
Poderá ser executado pelo menos de duas formas: uma forma será nos territórios de origem dos/das estudantes; e outra para os/as estudantes que não são da Amazônia, e que deverão realizar os trabalhos sobre um tema ou uma área específica da Amazônia, preferencialmente a partir de um trabalho de campo.
Encerramento das Disciplinas e o Trabalho de Conclusão de Curso
O encerramento das disciplinas deverá ocorrer em seminários integradores a partir da apresentação e discussão dos trabalhos das disciplinas, e inicia o período de elaboração e defesa dos trabalhos de conclusão de curso.
Após o fechamento das disciplinas cada estudante, juntamente com o/a orientador/a, deve traçar um calendário de elaboração dos trabalhos de conclusão final.
As apresentações e defesas dos trabalhos de conclusão de curso só poderão ocorrer após a conclusão e fechamento das disciplinas, de acordo com as normas da UnB.
Os trabalhos de conclusão de curso poderão ser apresentados de diversas formas como monografias, vídeos, documentários, artigos, textos literários e etc. Importante é ser definido em comum acordo com o/a orientador/a e com as normas da UnB.
Também poderão ser apresentados e debatidos nos formatos presenciais, virtuais, híbridos, entre outros, a depender do/a estudante e do/a orientador/a e das normas da UnB.
Os trabalhos de conclusão de curso deverão ser apresentados e debatidos no prazo regulamentar do curso, ou seja, no período de até um ano desde o início do curso.
HISTÓRIA DA AMAZÔNIA
O conceito de Amazônia: definições e concepções sobre a região, formação histórica do território, seu caráter continental – as fronteiras amazônicas do Brasil; arqueologia e ocupação pré-colombiana; a Igreja e as ordens missionárias; os colonos; os povos indígenas, seu trabalho e suas terras; a escravidão negra e a presença africana; a Cabanagem; o extrativismo e a agricultura; expansão e declínio da extração da borracha: suas consequências econômicas, sociais e culturais; exploração dos recursos naturais e crítica ambiental; a Amazônia entre a Era Vargas e a Ditadura Militar; o “colonialismo interno” – persistência dos métodos colonialistas durante o Império e a República.
Conteúdo Programático:
1. Aspectos introdutórios à história da Amazônia
- Situação da Amazônia na América portuguesa e no Brasil contemporâneo
- Conceito de Amazônia: os diferentes critérios
2. Paraíso ou inferno? Visões da natureza e o tema da adaptabilidade humana aos trópicos
- Principais teorias sobre a ocupação pré-colombiana da região
- Principais sítios arqueológicos e seus significados
- Projeções das ideias de paraíso e a experiência da colonização
3. Povos indígenas, colonos e ordens religiosas
- As diversas ordens religiosas e suas áreas de atuação
- Os povos indígenas, o trabalho e a legislação indigenista
- O reformismo ilustrado e a política portuguesa para a Amazônia
- O Diretório dos Índios e a expulsão dos jesuítas
- Os tratados de limites
- Fomento ao mercantilismo e a escravidão negra no Grão-Pará
- Opressão colonial e revolta social: a Cabanagem
4. A economia da borracha: entre o fausto e as ruínas
- Economia da borracha
- Migrações, crescimento populacional e transformações culturais
- Exploração de recursos naturais e crítica ambiental
- Crise do extrativismo, abandono e arruinamento
5. Últimas fronteiras: a Amazônia como fronteira de expansão da sociedade brasileira no século XX
- A Marcha para o Oeste e a Batalha da Borracha
- O tempo das rodovias
- Dinâmica social nas fronteiras amazônicas
Método de avaliação:
A avaliação será processual e poderá contemplar, dentre outros exercícios, a produção textual, os seminários temáticos e a confecção de materiais didáticos e audiovisuais. Também será considerada a participação discente nos debates travados em sala de aula.
Bibliografia básica:
ARAUJO, Renata Malcher de. As cidades da Amazónia no século XVIII: Belém, Macapá e Mazagão. Dissertação (Mestrado em História da Arte), Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, 1992.
ARAUJO, Renata Malcher de. As vilas pombalinas da Amazônia: as cidades que tiveram ordem para serem mestiças. In.: LIBBY, Douglas Cole. Cortes, cidades e memórias: trânsitos e transformações na modernidade. Belo Horizonte: Centro de Estudos Mineiros/FAFICH/UFMG, 2010.
BESSA FREIRE, José Ribamar. Rio Babel: a história das línguas na Amazônia. Rio de Janeiro: EDUERJ/ Atlântica Editora, 2004.
BEZERRA NETO, José Maia. Escravidão negra no Grão-Pará (Sécs. XVII-XIX). Belém: Editora Paka-Tatu, 2001.
BRITO, Adilson; ROMANI, Carlo & BASTOS, Carlos Augusto (orgs.). Limites fluentes: fronteiras e identidades na América Latina (séculos XVIII-XXI). Curitiba: Editora CRV, 2013.
CHAMBOULEYRON, Rafael & SOUSA, Luís Costa e (orgs.). Rivers and Shores: “Fluviality” and the Occupation of Colonial Amazonia. Peterborough: Baywolf Press, 2019.
____________________, Rafael. Povoamento, ocupação e agricultura na Amazônia colonial (1640-1706). Belém: Editora Açaí/PPGHIST-UFPA, 2010.
_____________________, Rafael & SOUZA JÚNIOR, José Alves (orgs.). Novos olhares sobre a Amazônia colonial. Belém: Paka-Tatu, 2016.
COSTA, Kelerson S. “Celeiro do mundo”, in: Homens e natureza na Amazônia brasileira: dimensões (1616-1920). Brasília: UnB, (tese de doutorado), 2002, p.68-115.
________________. “A formação da Amazônia e seu lugar no Brasil”. In: TOLEDO, Marleine Paula M. e Ferreira de (org.). Cultura brasileira: o jeito de ser e de viver de um povo. São Paulo: Nankin, 2004, p.202-51.
________________. “Intervenções humanas na natureza amazônica (século XVII ao XIX)”, in: Ciência & Ambiente, Universidade Federal de Santa Maria, n. 33, p.81-96, jul./ dez. 2006.
________________. “Natureza, colonização e utopia na obra de João Daniel”, in: História, Ciências, Saúde: Manguinhos, vol.14, suplemento, p.95-112, dez. 2007.
________________. “Templos de Tânatos, templos de Eros: a exploração da tartaruga nas praias amazônicas”. In: FRANCO, J.L. de Andrade; SILVA, Sandro Dutra e; DRUMMOND, J.A.; TAVARES, Giovana G. História ambiental: fronteiras, recursos naturais e conservação da natureza. Rio de Janeiro: Garamond, 2012, p. 261-292.
CUNHA, Euclides da. Um paraíso perdido (ensaios amazônicos). Brasília: Senado Federal, 2001.
DAOU, Ana Maria. A belle époque amazônica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004, 3ª edição.
DRUMMOND, José Augusto & PEREIRA, Mariângela de Araújo P. O Amapá nos tempos do manganês: um estudo sobre o desenvolvimento de um estado amazônico (1943-2000). Rio de Janeiro: Garamond, 2007.
FARÁGE, Nádia. As muralhas do sertão: os povos indígenas no Rio Branco e a colonização. Rio de Janeiro: Paz e Terra/ANPOCS, 1991.
GOMES, Flávio dos Santos. Nas terras do Cabo Norte: fronteiras, colonização e escravidão na Guiana Brasileira. Séculos XVII-XIX. Belém: Editora da UFPA, 1999.
GOMES, Angela de Castro & NETO, Regina Beatriz Guimarães. Trabalho escravo contemporâneo: tempo presente e usos do passado. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018.
HARDMAN, Francisco Foot. Trem fantasma: a modernidade na selva. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
_______________. A vingança da Hileia: Euclides da Cunha, a Amazônia e a literatura moderna. São Paulo: Unesp, 2009.
HEMMING, John. Fronteira amazônica: a derrota dos índios brasileiros. São Paulo: Edusp, 2009.
IANNI, Octávio. A luta pela terra: história social da terra e da luta pela terra numa área da Amazônia. Petrópolis: Vozes, 1978.
LARAIA, Roque de Barros & DA MATTA, Roberto. Índios e castanheiros: a empresa extrativa no médio Tocantins. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1967.
LEONARDI, Victor. Entre árvores e esquecimentos: história social nos sertões do Brasil. Brasília: EDUnB/ Paralelo 15, 1996.
_______________. Os historiadores e os rios: natureza e ruína na Amazônia brasileira. Brasília: EDUnB/ Paralelo 15, 1999.
_______________. Fronteiras amazônicas do Brasil: saúde e história social. Brasília: Paralelo 15; São Paulo: Marco Zero, 2000.
MARTINIÈRE, Guy “A implantação das estruturas de Portugal na América (1620-1750)”. In: Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques. Nova história da expansão portuguesa. Lisboa: Editorial Estampa, 1991, vol. VII.
MARTINS, José de Souza. A vida privada nas áreas de expansão da sociedade brasileira. IN.: SCHWARCZ, Lília M. (org.). História da vida privada no Brasil: contrastes da intimidade contemporânea. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
MAXWELL, Kenneth. “A Amazônia e o fim dos jesuítas”, Folha de São Paulo, caderno Mais!, 26.08.2001, p.14-17.
MELO, Patrícia Maria. Espelhos partidos: etnia, legislação e desigualdade na colônia. Manaus: Editora da Universidade Federal da Amazônia, 2011.
MORÁN, Emílio F. Ecologia humana das populações da Amazônia. Petrópolis: Vozes, 1990.
MOREIRA NETO, Carlos A. Índios da Amazônia: de maioria a minoria (1750-1850). Petrópolis: Vozes, 1988.
____________________. “Os principais grupos missionários que atuaram na Amazônia brasileira entre 1607 e 1759”, in: HOORNAERT, Eduardo. História da Igreja na Amazônia. Petrópolis: Vozes, 1992, p.63-120.
NEVES, Eduardo G. Arqueologia da Amazônia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006.
PEREIRA, Airton dos Reis; ANJOS, Hiram P. & SILVA. Idelma Santiago; RIBEIRO, Nilza B. (orgs). Culturas e dinâmicas sociais na Amazônia Oriental brasileira. Belém: Paka-Tatu, 2017.
PEREIRA, Airton dos Reis. Do posseiro ao sem-terra: a luta pela terra no sul e sudeste do Pará. Recife: Editora UFPE, 2015.
PETIT, Pere. Chão de promessas: território, política e economia no Pará pós-1964. Belém: Paka Tatu, 2003.
PORRO, Antônio. O povo das águas: ensaios de etno-história. Rio de Janeiro: Vozes/ São Paulo: EDUSP, 1996.
______________. As crônicas do rio Amazonas: notas etno-históricas sobre as antigas populações indígenas da Amazônia. Petrópolis: Vozes, 1996.
RANGEL, Alberto Rangel. Inferno verde: scenas e scenarios do Amazonas. 4 ed. Tours: Typographia Arrault & Cia., 1927.
RIVERA, José Eustasio. A voragem. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982.
ROLLER, Heather Flynn. Amazonian routes: indigenous mobility and colonial communities in Northern Brazil. Stanford: Stanford University Press, 2014.
GEOPOLÍTICA E SOCIOECONOMIA NA AMAZÔNIA
Formação do capitalismo mundial, com olhar para a atualidade da Globalização, do Neoliberal e da Geopolítica da Região Amazônica. Formação econômica, política e social da Amazônia. Os Ciclos produtivos regionais. A inserção da Amazônia no mercado nacional e mundial. A transição do modelo primário-exportador para a economia industrial. O modelo de desenvolvimento brasileiro e regional amazônico. Tratados e Planos Bilaterais, IIRSA, PAC I e II. Políticas Públicas, Planejamento Governamental e Estratégias de Desenvolvimento para a Amazônia;
Conteúdos Programáticos:
- Geopolítica Amazônica (Macrorregional e Multi-fronteiras)
- Amazônia, Neoliberalismo, Nova Agenda de Segurança e Novas territorialidades
- Políticas de Integração: Tratados e Políticas Bilaterais, IIRSA, PAC e dinâmicas socioculturais locais.
- Estrutura Socioeconômica e Desenvolvimento Contemporâneo;
- Estratégias e Políticas de Desenvolvimento Econômico Sustentável;
- Políticas Nacionais de Desenvolvimento Regional (PNDR) e de Ordenamento Territorial (PNOT).
- Atividade Econômica e Impactos no Desmatamento;
- Economias Regionais: as diversas Amazônias;
Procedimentos Metodológicos e Avaliação:
O curso será constituído de aulas expositivas dialogadas, exibição de documentários e filmes pertinentes, análise de textos, relatos e outros recursos didáticos que possam contribuir para o desenvolvimento cognitivo da(o) aluna(o). Nas exposições realizadas pelos docentes será buscada a participação em sala, objetivando que o conteúdo teórico apresentado seja relacionado com a vivência dos mesmos, no processo de ensino – aprendizado. Leituras dirigidas, participação nos debates, elaboração de trabalho sobre pontos abordados na disciplina.
Bibliografia:
ALTVATER, Elmar (2007). Existe um marxismo ecológico? In A teoria marxista hoje. Problemas e perspectivas. Buenos Aires, CLACSO
ARRIGHI, Giovanni (1996). O longo seculo XX : dinheiro, poder e as origens de nosso tempo. São Paulo: Unesp.
BECKER, Bertha. Amazônia: geopolítica na virada do III milênio. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.
CASTRO, Carlos Potiara. “Hidrelétricas e a geopolítica das energias renováveis na Amazônia”. Ambiente & Sociedade, vol. 24, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1414-753X&lng=en&nrm=iso
CASTRO, Edna, MONTEIRO, Raimunda e CASTRO, Carlos Potiara. “Dinâmica de atores, uso da terra e desmatamento na Rodovia Cuiabá-Santarém”. Papers do NAEA, no. 179, 2004.
CHENAIS, François. Mundializacion: El capital financero en El Comando. In: Borgianni, Elizabete e Montaño, Carlos (orgs). Conyuntura Actual Latinoamericana y Mundial: tendências y Movimento. São Paulo Cortez, 2009.
COSTA, Francisco de Assis da. Formação agropecuária da Amazônia: os desafios do desenvolvimento sustentável. Belém: UFPA/NAEA, 2000.
COSTA, Wanderley Messias. Geografia Política e Geopolítica. EDUSP. São Paulo, 2013.
CUNHA, Manoela Carneiro da; ALMEIDA, Mauro W. B. “Populações tradicionais e conservação ambiental”. In: João Paulo Ribeiro et al. Biodiversidade na Amazônia brasileira: avaliação e ações prioritárias para a conservação, uso sustentável e repartição de benefícios. São Paulo, Estação Liberdade: Instituto Socioambiental, 2001.
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FERREIRA, A. S. Programa Calha Norte (PCN): política pública de segurança, defesa e de desenvolvimento regional no norte do Brasil. In: NASCIMENTO, D. M. Amazônia e defesa: dos fortes às novas conflitualidades. Belém: Editora do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos / UFPa, 2010, 267 p.
HAESBAERT, Rogerio. O mito da desterritorialização – do fim dos territórios a multiterritorialidade. Bertrand Brasil. Rio de Janeiro. 2004.
HEBETTE, Jean {Org.}, (2004). Cruzando a Fronteira. 30 anos de estudo do campesinato na Amazônia. Belém: Editora UFPA, 4 vols.
HOGAN, Daniel e CARMO, Roberto do (2002). Migração e Ambiente no Centro-Oeste. Campinas : NEPO/UNICAMP.
LÉNA, Philippe e OLIVEIRA, Adélia (orgs.). A fronteira agrícola 20 anos depois. Belém: MPEG: CEJUP, 1992.
LÔBO, Marco Aurélio Arbage. Estado e capital transnacional na Amazônia: o caso da Albras/Alunorte. Belém: NAEA, 1996.
LOUREIRO, Violeta. A Amazônia do século XXI – novas formas de desenvolvimento. São Paulo: Empório do Livro, 2009.
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MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. Plano Amazônia Sustentável (PAS). Brasília: Ministério da Integração Nacional, 2006.
MIRAGAYA, Júlio. Transformações no arco do desmatamento : a expansão da pecuária bovina na Amazônia, pressões sobre o ambiente e o papel das políticas públicas na contenção do desmatamento (1990/2010).Tese de Doutorado. Brasília, Universidade de Brasília – Centro de Desenvolvimento Sustentável, 2013.
MIYAMOTO, Shiguenoly. Geopolítica e Poder no Brasil. Campinas: Papirus, 2005.
NOVION, Jacques de. Las Últimas Fronteras del Sistema Capitalista: Hegemonía Integración Económica y Seguridad en las Américas. La Amazonia y el futuro en cuestión. Tese doutoral defendida no Programa de Pós-graduação em Estudos Latino-Americanos da Universidade Nacional Autônoma do México. 21/02/2011. Disponível em: <https://repositorio.unam.mx/contenidos/las-ultimas-fronteras-del-sistema-capitalista-hegemonia-integracion-economica-y-seguridad-en-las-americas-la-amazon-87341?c=BP0AMA&d=false&q=*:*&i=2&v=1&t=search_0&as=0>
OLIVEIRA, A. BR-163 Cuiabá-Santarém: geopolítica, grilagem, violência e mundialização, In: TORRES,M (org) Amazônia revelada: os descaminhos ao longo da BR-163. Brasília: CNPQ, 2005.
POLANYI, Karl (1980). A grande transformação. As origens da nossa época. Rio de Janeiro: Campus.
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. A Globalização da Natureza e a Natureza da Globalização. Civilização Brasileira. Rio de Janeiro, 2006.
PROST, Cathrine. Forças armadas, geopolítica e Amazônia. Papers do NAEA, Belém, n. 156, 2000.
RAVENA, N. et al. Política e estratégias de integração na Pan-Amazônica: qual o lugar da agenda ambiental? Desenvolvimento em Debate, v.7, n.1, p.133-159, 2019b)
SANTOS, José Vicente Tavares dos. Matuchos: exclusão e luta. Do Sul para a Amazônia. Petrópolis-RJ: Vozes, 1993.
SANTOS, R. História Econômica da Amazônia. (1800-1900). São Paulo: T. A. Queiroz, 1980.
FUNDAMENTOS DE ECOLOGIA E CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA
Conceitos de ecossistema, fluxos de energia e materiais, produção e produtividade aplicados a Floresta Amazônica; Comunidades biológicas, sua estrutura e dinâmica; Biodiversidade; História ecológica/ambiental da Amazônia; Principais ecossistemas amazônicos; Rios e o ciclo anual das águas; Interações de espécies e serviços ambientais; Amazônia e o ser humano; caça, pesca e coleta; Atividade humana e seus impactos; Mudança global e conservação; Clima, biodiversidade, normativas e tratados.
Conteúdo Programático
Introdução à disciplina; apresentação do corpo docente e discente; métodos e avaliação.
· Fundamentos de Ecologia
O conceito de ecossistema, fluxos de energia e massa/elementos nos ecossistemas, regeneração de nutrientes, produção e produtividade
Comunidades biológicas e sua estrutura; níveis tróficos, teias alimentares e estabilidade das comunidades, sucessão ecológica, de clareiras ao clímax.
Clima e fronteiras dos biomas terrestres. Tropical X Temperado – ecologia vegetal nos trópicos
· História, Biogeografia e Biodiversidade
Biodiversidade: conceito e valor. Padrões de distribuição da biodiversidade no planeta e no Brasil; Biodiversidade Amazônica.
História ecológica/ambiental da Amazônia; o soerguimento dos Andes e do Escudo das Guianas e a drenagem para o Atlântico; hipóteses propostas para a origem das espécies e biodiversidade da Amazônia: Refúgios pleistocênicos, hipótese dos rios, gradientes ecológicos e outras.
Principais ecossistemas amazônicos: a terra firme, várzea, igapó, campina e campinarana, manguezais, enclaves de cerrados amazônicos, rios de águas-pretas, de águas brancas e de águas cristalinas.
Interações de espécies; a dinâmica das interações consumidor-recurso, predadores, presas, patógenos-hospedeiros, competição e mutualismos coevoluídos. Polinização, dispersão de sementes, mirmecofilia e defesas em plantas. Serviços ambientais (abordagem ecológica).
· Amazônia, o ser humano e a conservação da natureza
A floresta e a produção/consumo de alimento, ecologia alimentar de grupos humanos, caça, pesca, coleta.
Serviços ambientais (abordagem econômica), atividade humana e seus impactos, ameaças e conservação. O papel das Unidades de conservação.
Amazônia e mudanças climáticas globais, normativas e tratados com a comunidade internacional: Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).
Região Amazônica e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Agenda 2030.
Método de avaliação:
Aulas expositivas e dialogadas. Leitura de textos, participação nos debates, construção de um projeto de pesquisa e frequência.
Bibliografia Básica
A. Barcena y otros, La emergencia del cambio climático en América Latina y el Caribe: ¿seguimos esperando la catástrofe o pasamos a la acción?, Libros de la CEPAL, N0 160 (LC/PUB.2019/23-P), Santiago, Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL), 2020. 383 paginas
Abranches, Sergio. 2010. Copenhague antes e depois. Editora Civilização Brasileira
Bursztyn, M.A., Bursztyn, M. 2013. Fundamentos de política e gestão ambiental: os caminhos do desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Garamond. 612 pp.
Carvalho, C.J.B. e Almeira, E.A.B. 2010. Biogeografia da América do Sul. Padrões e Processos.Editora Roca. São Paulo, 306 pp.
Chapin III, S.F., Matson, P. A., Mooney, H. A. 2002. Principles of Terrestrial Ecosystem Ecology. Springer – Verlag New York. 436 pp.
Conhecendo a biodiversidade / Organizadores Ariane LunaPeixoto, José Roberto Pujol Luz, Marcia Aparecida de Brito. – Brasília: MCTIC, CNPq, PPBio, 2016. 196 p. : il. color. ; 20 x 25cm. (Amazónia: pag.112-123)
Garay, I. e Dias, B. (orgs). 2001. Conservação da Biodiversidade em Ecossistemas Tropicais. Avanços conceituais e revisão de novas metodologias de avaliação e monitoramento. Editora Vozes. Petrópolis – RJ. 430 pp.
Giddens, Anthony. A política da mudança climática. Editora Zahar.
IPBES (2018): The IPBES regional assessment report on biodiversity and ecosystem services for the Americas. Rice, J., Seixas, C. S., Zaccagnini, M. E., Bedoya-Gait.n, M., and Valderrama N. (eds.). Secretariat of the Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services, Bonn, Germany. 656 pages.
May, P.H (org). 2010. Economia do Meio Ambiente. Teoria e Prática. Sociedade Brasileira de Economia Ecológica. Segunda Edição. Editora Elsevier. Rio de Janeiro, 377 pp.
Primack, R. and Corlett, R. 2005. Tropical rain forests: an ecological and biogeographical comparison. Blackwell Publishing, UK, 319 pp.
Ricklefs, R.E., 2010. A Economia da Natureza. Sexta Edição. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 546 pp.
Tim Flannery. 2010. Os Senhores do Clima. Editora Record.
Vieira, I.C.G., Toledo, P.M., Santos-Junior, R.A.O. (orgs). 2014. Ambiente e sociedade na Amazônia. Editora Garamond. Rio de Janeiro.
Artigos de divulgação científica:
A Amazônia perdida e achada. Pesquisa FAPESP. https://revistapesquisa.fapesp.br/amazonia-perdida-e-achada/
O perfume da Amazônia. Pesquisa FAPESP. https://revistapesquisa.fapesp.br/o-perfume-da-amazonia/
Para entender a origem da floresta. Pesquisa FAPESP. https://revistapesquisa.fapesp.br/para-entender-a-origem-da-floresta/
MUDANÇAS CLIMÁTICAS E AMAZÔNIA. Carlos A Nobre; Gilvan Sampaio; Luis Salazar
Panel Científico por la Amazonía Declaración a la Cumbre de las Naciones Unidas sobre Biodiversidad Acción urgente para alcanzar la Amazonía Que Queremos. www. TheAmazonWeWant.org
METODOLOGIA E TÉCNICAS DE PESQUISA CIENTÍFICA
Pesquisa cientifica, teoria e prática; metodologia do trabalho científico; principais fases e etapas do trabalho científico; estrutura da pesquisa científica; coleta e análise de dados; formas de elaboração de trabalho final do processo de pesquisa e normas técnicas.
Conteúdo Programático:
1- Noções básicas de pesquisa e trabalho científico
2- Pressupostos teóricos da metodologia de pesquisa
3- Metodologia em pesquisa científica: papel e importância
4- Ética na pesquisa científica
5- Métodos de pesquisa
6- Ferramentas de pesquisa e uso de tecnologias
7- Sistematização de dados e de experiências e análise de informações
8- Tema, problema e fases da pesquisa científica.
9- Normas para a elaboração e apresentação da pesquisa.
Método de avaliação:
Aulas expositivas e dialogadas. Leitura de textos, participação nos debates, construção de um projeto de pesquisa e frequência.
Bibliografia básica:
ABDO, Alexandre Hannud. Direções para uma academia contemporânea e aberta. In: ALBAGLI, Sarita; MACIEL, Maria Lucia e ABDO, Alexandre Hannud (orga). Ciência aberta, questões abertas. Brasília: IBICT; Rio de Janeiro: UNIRIO, 2015. 312 p.
ACEVEDO, Claudia Rosa; NOHARA, Jouliana Jordan. Como fazer monografias: TCC, dissertações e teses. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520 – Informação e documentação: apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724 – Informação e documentação: trabalhos acadêmicos apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023 – Informação e documentação: referências – elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues e STRECK, Danilo Romeu (orgs). Pesquisa participante: a partilha do saber. São Paulo: Ideias & Letras. 2006.
DEMO, P. Introdução à Metodologia da Ciência. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1987. 118p.
DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. São Paulo: Martin Claret, 2001. 157 p.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 25ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2014.
FEYERABEND, Paul. Contra o Método. 2ª ed. São Paulo: UNESP, 2007. 376 p.
Gil, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002
Gil, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2014
HOLLIDAY, Oscar Jara. A Sistematização de Experiências: prática e teoria para outros mundos possíveis. 1.ed. Brasília: CONTAG, 2012. 332 p.
KAPLAN, Abraham. A Conduta na Pesquisa: metodologia para as ciências do comportamento. Sao Paulo: E.P.U., EUSP, 1975. 440 p.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
SANTANA, Bianca; ROSSINI, Carolina; PRETTO, Nelson De Lucca (org.). Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas políticas públicas. 1. ed., Salvador: Edufba; São Paulo: Casa da Cultura Digital. 2012. 246 p.
TEIXEIRA, Elizabeth. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa. Belém/PA: Cejup, 1999.
THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-Ação. 18º ed. São Paulo: Cortez, 2011. 136 p.
ARTE E MANIFESTAÇÕES CULTURAIS
Expressões culturais amazônicas enquanto parte de um conjunto de fenômenos que compreendem as manifestações artísticas, tradicionais, os folguedos, os ritos espetaculares e ações da vida cotidiana. Articulação entre arte (visuais, teatro, música, performance e audiovisual) e as tradições culturais enquanto experiências estéticas criativas.
Conteúdo Programático:
Parte 1:
Estudo individual e/ou grupo, sob supervisão do orientador, de tópicos específicos para auxiliar na realização do projeto de pesquisa sobre Amazônia no contexto da arte, partindo de temas trazidos pelos estudantes.
Apresentação de temas ligados às expressões artísticas e culturais amazônicas enquanto parte de um conjunto de fenômenos que compreendem:
– manifestações artísticas
– manifestações tradicionais
– folguedos
– ritos espetaculares
– ações da vida cotidiana.
Parte 2:
Elaboração e desenvolvimento de projeto de pesquisa ligado às experiências estéticas (visuais e/ou audiovisuais, musicais, teatrais) da arte e cultura da Amazônia.
– discussão da metodologia
– sistematização da pesquisa
– articulação entre arte (visuais, teatro, música, performance e audiovisual) e tradições culturais
– experiências estéticas criativas
– estudos e leituras de textos, vídeos e outras mídias
Parte 3:
Elaboração de texto ou artigo científico e/ou/obra artística (visual, musical, audiovisual).
Método de avaliação:
A avaliação será feita considerando a participação nas atividades e discussões propostas bem como a qualidade do trabalho apresentado ao final do processo, seja ele texto ou obra artística, segundo:
– Temática apresentada.
– Conceituação.
– Capacidade de fazer conexões entre diversas fontes.
– Elaboração formal.
– Criatividade.
Bibliografia:
ADORNO, Theodor W., Introdução à Sociologia da Música: Doze preleções teóricas; tradução Fernando R. de Moraes Barros. São Paulo: Editora Unesp, 2011.
BÉHAGUE, Gerard. Recursos para o estudo da música popular latino-americana. In: Revista Brasileira de Música. 1992. Rio de Janeiro, Vol. 20. p.1-24.
BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1995.
BLACKING, John. How Musical is Man? Seattle and London: University of Washington Press, 1995.
BOAS, Franz. Arte Primitiva. RJ: Mauad Editora Ltda, 2015.
CERTEAU, Michel de. A Invenção do Cotidiano: Arte de Fazer. RJ: Ed. Vozes, 1990.
CERTEAU, Michel de; GIARD, Luce; MAYOL, Pierre. A Invenção do Cotidiano: Morar, Cozinhar. RJ: Ed. Vozes, 1994.
CHIZZOTTI, Antônio. Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais. Petrópolis, 2006.
CLIFFORD, James; MARCUS, George. A Escrita da Cultura: Poética e Política da Etnografia. RJ: Ed. UERJ, 2016.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 33. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GADAMER, H. A atualidade do belo. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro Ltda,1977.
LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.
LOUREIRO (Org.), João de J. P. Arte e Cultura na Amazônia: Os novos caminhos. Boa Vista: Editora da UFRR, 2012.
MARCUSE, Herbert. A dimensão estética. Lisboa: Edições 70, 2013.
MORIN, Edgar. O Método: O Conhecimento do Conhecimento. RS: Ed. Sulina, 1999.
RIBEIRO, Berta G. Arte Indígena, Linguagem Visual. SP: Ed. Universidade de São Paulo, 1989.
RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: A Formação do Povo Brasileiro. SP: Companhia das Letras, 1998.
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo: EDUSP, 2002.
STRAUSS, Claude L. Mito e Siginificado. Lisboa: Edições 70, 1978.
POVOS ORIGINÁRIOS, POPULAÇÕES E COMUNIDADES TRADICIONAIS DA AMAZÔNIA
Território e Territorialidade. Povos originários, populações e comunidades Tradicionais. Povos indígenas na Amazônia, historicidade, língua e cultura. Lutas e estratégias de resistências dos povos originários. Diversidade de populações e comunidade tradicionais na Amazônia, histórias, práticas sociais e formas de expressão. Quilombos na Amazônia. Determinantes sociais e a saúde dos povos e comunidades na Amazônia.
Conteúdo Programático:
Parte 1
Conceitos relacionados aos Povos Originários, Populações e Comunidade Tradicionais.
Terra, Território e Territorialidade.
Cultura, saberes, línguas e práticas sociais.
Direitos, políticas públicas e participação social.
Identidades e diversidades das populações e comunidades na Amazônia
Parte 2
Os povos indígenas: uma história de 14 mil anos.
Diversidade cultural e o pensamento indígena
Terras indígenas: história da colonização e ameaças recorrentes.
Educação e saúde indígena e seus desafios.
Diversidade linguística, línguas ameaçadas e suas estratégias de fortalecimento.
Parte 3
Quilombos na Amazônia.
Ancestralidade e memória quilombola.
Luta e resistência quilombola na Amazônia.
Políticas e saúde da população negra.
Método de Avaliação:
O método de ensino-aprendizagem serão leituras e fichamentos e para avaliar será observado a participação e a execução das atividades da disciplina e a elaboração de um trabalho final.
Bibliografias:
ADAMS, Cristina; MURRIETA, Rui; NEVES, Walter (Orgs.). Sociedades caboclas amazônicas: modernidade e invisibilidade. São Paulo: Annablume, 2006. 364p.
ALBERT, B., & RAMOS, A. R. (Orgs.). Pacificando o branco: cosmologias do contato no Norte-Amazônico. São Paulo: Unesp, 2002.
ALMEIDA, Alfredo Wagner. Territórios e territorialidades específicas na Amazônia: entre a “proteção” e o “protecionismo”. Cad. CRH [online]. 2012. 25(64): 63-72.
ALMEIDA, Mauro Barbosa W. Direitos à floresta e ambientalismo: seringueiros e suas lutas. São Paulo: Revista Brasileira de Ciências Sociais, 2004.
ARENZ, Karl Heinz . Sacacas, ramadas e esmolações: crenças e práticas religiosas nas comunidades quilombolas no noroeste paraense. AGCRJ_revista_170801.2.2. Disponível em: http://wpro.rio.rj.gov.br/revistaagcrj/wp-content/uploads/2017/08/9_Dossi%C3%AA-2_Artigo-1.pdf. Acessado em 14/03/2021
BARRETO, João Paulo Lima. Bahserikowi-Centro de Medicina Indígena da Amazônia: concepções e práticas de saúde indígena, Universidade Federal do Amazonas. Disponível em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/amazonica/article/view/5665, Acesso em 13/03/2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Política Nacional de Saúde Integral da população Negra: uma política do SUS. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_populacao_negra_3d.pdf
CARELLI, Vincent. CORUMBIARA, 2009, 117 minutos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TwtS6P9N88U, acesso em 13/01/2021/
CENTRO BRASILEIRO DE ESTUDOS DA AMÉRICA LATINA (Org) Línguas Ameríndias – ontem, hoje e amanhã. Fundação Memorial da América Latina– São Paulo, 2020. 156 p.
CNPCT – Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Portal Ypadê. Disponível em: http://portalypade.mma.gov.br/publicacoes/category/70-povos-e-comunidades-tradicionais
CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO (Cimi). Os direitos indígenas na Constituinte. Apoio: Coordenadoria Ecumênica de Serviço CESE Produção: Vídeo Lontra. 25min54seg. 1987-1988.
COWELL, John Adrian ; RIOS, Vicente. Na Trilha dos Urueu Wau Wau. 54 min, 1990. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JPv-DNrKtwk, acessado em 13/03/2021.
CUNHA, Manoela Carneiro. O Futuro da Questão Indígena. Estudos Avançados 8 (20), 1994. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141994000100016. Acessado em 14/03/2021.
DIEGUES, Antonio Carlos et. Alii. (ORG) Comunidades Tradicionais: A questão conceitual: dificuldades e ambigüidades. In. Os Saberes Tradicionais e a Biodiversidade no Brasil. p.6-38. MMA/COBIO/NUPAUB/USP, 2000.
FLORENCIO, Tiago de Abreu e Lima. Corumbiara: o Massacre Indígena e os Dilemas da Imagem Audiovisual. Disponível em; https://www.encontro2012.historiaoral.org.br/resources/anais/3/1342445987_ARQUIVO_artigocorumbiara2.pdf. Acessado em 14/03/2021.
FUNES, E. A. Nasci nas matas nunca tive senhor – histórias e memórias dos mocambos do baixo Amazonas. Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, Campinas, SP, v. 6, n. 1, p. 137–142, 2006. DOI: 10.20396/resgate.v6i7.8645536. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/article/view/8645536. Acesso em: 14 mar. 2021
GALLOIS, D. Terras Ocupadas? Territórios? Territorialidades? IN: FANI RICARDO. (Org). Terras Indígenas, Unidades de Conservação da Natureza. 1 ed. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2004, v., p.37-41. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/files/file/PIB_institucional/dgallois-1.pdf, acessado em 13/03/2021.
HEMMING, John. Árvores de rios: a história da Amazônia. São Paulo: Editora Senac, 2011.
IADANZA, Enaile de E. S.; ANDRADE, Manoel P.; CURI, Pedro S.; MACHADO, Larissa G. Quebradeiras de coco babaçu. Cadernos Vivência Amazônica nº 1, NEAZ/CEAM/UnB, 2019.
INESC. Brasil com Baixa Imunidade: Balanço do Orçamento Geral da União 2019. Brasília: INESC, 2020.
LITTLE, Paul. Territórios sociais e povos tradicionais no Brasil. Por uma antropologia da territorialidade. Série Antropologia, n. 322. Brasília: Dep. Antropologia, Universidade de Brasília.
LOPES, Fernanda. Desigualdades em Saúde no Brasil: Panorama e desafios. Canal do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (CIDACS Fiocruz) no Youtube, 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=x9s7yGYOHcg. Acesso em 30/08/2020
MOTA, Juliana Grasiéli Bueno Mota. Os Guarani e Kaiowá e suas lutas pelo tekoha: os acampamentos de retomadas e a conquista do teko porã (bem viver). REVISTA NERA – ANO 20, Nº. 39 – Dossiê 2017 – ISSN: 1806-6755. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/4959. Acessado em 13/03/2021.
NEVES, Eduardo. Arqueologia da Amazônia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
NEVES, Josélia Gomes. Quebra do Silêncio na Floresta: Historiografias de Mulheres Barbadianas e Granadinas na Amazônia. In: Revista Partes. Disponível: https://www.partes.com.br/wp-content/uploads/Artigo-Quebra-do-silencio-na-floresta.pdf, acesso em 13/03/2021.
O’DWYER, Eliane Cantarino. Quilombo: Identidade étnica e territorialidade. Rio de Janeiro: FGV/ABA, 2002. 268p .
PIMENTA, José. Desenvolvimento sustentável e Povos Indígenas. Os paradoxos de um exemplo Amazônico. Anuário Antropológico, v. 02/03, p. 115-150, 2004.
RODRIGUES, A. D.. Biodiversidade e diversidade lingüística na Amazônia. In: Maria do Socorro Simões. (Org.). Cultura e biodiversidade entre o rio e a floresta. 1ed.Belém: Universidade Federal do Pará, 2001, v. 1, p. 269-278.
RODRIGUES, A. D.. Línguas brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2002. v. 1. 135p.
RODRIGUES, Aryon Dall’Igna. Línguas indígenas: 500 anos de descobertas e perdas. Revista Delta. Vol. 9, n. 01. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/delta/article/view/45596, acessível em 13/01/2021.
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Schwarcz, Lilia Moritz. Racismo no Brasil. São Paulo: Publifolha, 2001.
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VIVEIROS DE CASTRO, E. e CARNEIRO DA CUNHA, E. (orgs.). Amazônia: etnologia e história indígena. São Paulo: Fapesp, 1993.
QUESTÃO AGRÁRIA E AMBIENTAL NA AMAZÔNIA
Agriculturas e sistemas agrários; renda da terra; questão agrária brasileira e amazônica; estrutura fundiária; apropriação da terra; políticas públicas; unidades de conservação; relação entre a questão agrária e ambiental na Amazônia.
Conteúdo Programático:
I – Introdução à disciplina
II – A questão agrária e o capitalismo
- Notas históricas sobre as agriculturas e os sistemas agrários
- As origens agrárias do capitalismo
- Teoria da renda da terra e acumulação capitalista
- Os debates sobre a questão agrária.
- A questão agrária brasileira e Amazônica
III- Estrutura fundiária e sistemas agrários amazônicos
- Estrutura da fundiária, distribuição da posse e da propriedade.
- Latifúndio e exploração da Amazônia.
- Colonização pública e privado na Amazônia
- Processos de produção na Amazônia
- Expansão da monocultura e do gado, expropriação e degradação.
IV – Politicas agrária e ambiental na Amazonia.
- Reforma agrária e politicas ambientais
- Projetos de assentamentos rurais e a agricultura familiar
- Projetos de assentamentos agroextrativistas e de desenvolvimento sustentável
- Unidades de Conservação e reservas extrativistas
- Encontros e desencontros da questão agrária e ambiental na Amazônia
Método de ensino e aprendizagem:
Aulas expositivas e dialogadas. Leituras de textos. Ao final os/as estudantes deverão apresentar, em grupo, um estudo de caso que servirá para a avaliação dos mesmos
Bibliografia:
ACEVEDO MARIN, Rosa; CASTRO, Edna. Negros do Trombetas: Guardiões de mata e rios. Belém: NAEA/UFPA, 1993. 261p.
ANDRADE, M. P. Amazônia: história, economia e território. Cuiabá-MT: Carlini & Caniato, EdUFMT; 2016. 448 p.
BERSTEIN, Henry. Dinâmicas de classe da mudança agrária. São Paulo, Editora da UNESP, 2011.
CHAYANOV, A.V. La organización de la unidad económica campesina. Trad. Rosa Maria Russovich. Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión, 1974.
COSTA, F.A. Formação agropecuária da Amazônia: os desafios do desenvolvimento sustentável. Belém: NAEA/UFPA, 2000. 355p.
DELGADO, Guilherme C. e BERGAMASCO, Sonia M. P. P. (orgs.). Agricultura familiar brasileira: Desafios e perspectivas de futuro. Brasília, SEAF, 2017 – Disponível em http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/user_img_1756/Agricultura%20Familiar_WEB_LEVE.pdf
DUARTE, Rodrigo Antônio de Paiva. O Conceito de Natureza n’o Capital. Belo Horizonte 1985. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, da UFMG (Dissertação de mestrado em Filosofia). Disponível em: <https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/BUBD-9RVJHU>
FARAH, I. e VASAPOLLO, L. (coords.). Vivir Bien: ¿paradigma no capitalista? La Paz: CIDES-Sapienza de Roma-OXFAM, 2011.
FOSTER, John Bellamy. A ecologia de Marx: materialismo e natureza. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005. 418 p.
GUIMARÃES, Alberto Passos Quatro Séculos de Latifúndio. São Paulo: Fulgor, 1963.
HOFFMANN, R.; NEY, M.G. Estrutura fundiária e propriedade agrícola no Brasil: Grandes Regiões e Unidades da Federação. Brasília, Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2010, 108p. Disponível em: <http://nead.mda.gov.br/download.php?file=publicacoes/outras/estrutura_fundiaria_e_propriedade_agricola_no_brasil.pdf>.
IANNI, Octavio. Origens agrárias do Estado Brasileiro. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.
IANNI, Octavio. Ditadura e agricultura: o desenvolvimento do capitalismo na Amazônia: 1964-1978. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979.
KAUTSKY, Karl. A Questão Agrária. 3ª edição. São Paulo: Proposta Editorial, 1980. 329 p.
LARANJEIRA, Raimundo. Colonização e reforma agrária no Brasil. Rio de. Janeiro: Civilização Brasileira, 1983. 203 p. (Coleção Retratos do Brasil; v. 164)
LÊNIN, Vladimir Ilich. Capitalismo e agricultura nos Estados Unidos: novos dados sobre as leis de desenvolvimento do capitalismo na agricultura. São Paulo: Editora Brasil Debates, 1980. (Coleção Alicerces).
LEROY, Jean-Pierre. Uma chama na Amazônia: campesinato, consciência de classe e educação: o movimento sindical dos trabalhadores rurais de Santarém (PA), (1974-85). Dissertação (Mestrado em Educação) – FGV – Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 1989.
LITTLE, Paul E. Territórios sociais e povos tradicionais no Brasil: por uma antropologia da territorialidade. Brasília: Universidade de Brasília, Série Antropologia, 2002. 32 p. Disponível em http://www.direito.mppr.mp.br/arquivos/File/PaulLittle__1.pdf
MARTINS, J. S. Os Camponeses e a Política no Brasil: as lutas sociais no campo e seu lugar no processo político. 3. Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1986. 131p.
MARX, K. O Capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, livro 3, volume 6, 1980.
MARX, Karl. Manuscritos Econômico-Filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.
MONSALVE SUÁREZ, Sofía. El derecho a la tierra y a otros recursos naturales. Nota Informativa. FIAN Internacional, Heidelberg, dezembro de 2015.
PRADO JÚNIOR, Caio. A Revolução Brasileira e a Questão Agrária no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
RAMOS, Gian Carlo Delgado (Coord.). Ecología política del extractivismo en América Latina: casos de resistencia y justicia socio-ambiental. 1a ed. – Ciudad Autónoma de Buenos Aires : CLACSO, 2013. E-Book.
SAUER, Sérgio e LEITE, Sérgio P. Expansão agrícola, preços e apropriação de terras por estrangeiros no Brasil. Revista de Economia e Sociologia Rural. Vol. 50, nº 03, julho/setembro 2012, p. 503.
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SILVA, José Graziano da; STOLCKE, Verena. A questão agrária. Trad. E.A. Malagodi; S.Brizolla; J.B.S. Amaral Filho. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981. 186p.
SOUSA Filho, Carlos F. Marés. A constitucionalidade do direito quilombola. In: GEDIEL, José A. P. et al. (orgs.). Direitos em conflito: Movimentos sociais, resistência e casos judicializados. Vol. 1, Curitiba, Kairós Edições, 2015, p. 66-91.
STEDILE, João Pedro (org). A Questão Agrária no Brasil: o debate na esquerda – 1960-1980. Vol 2. São Paulo: Expressão Popular, 2005. 320 p.
VELHO, Otávio Guilherme. Frentes de expansão e estrutura agrária: estudo do processo de penetração numa área da Transamazônica. Rio de Janeiro: Zahar, 1972, 2ª Ed., 172p.
WOOD, Ellen Meiksins. As origens agrárias do Capitalismo. Crítica Marxista, São Paulo, Boitempo, v.1, n.10, 2000. (p.12-29) https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/artigo6612_merged.pdf
BENS COMUNS, DIREITOS DA NATUREZA E CONFLITOS NA AMAZÔNIA
Importância e abordagens sobre os bens comuns na Amazônia; acesso e uso dos bens comuns; políticas públicas; povos originários, comunidades tradicionais; bens comuns como sujeito de direito; paradigmas e teoria geral dos direitos da natureza; jurisprudências e marcos legal dos direitos da natureza; estado, territórios, conflitos e direitos; movimentos sociais, luta pela terra e bens comuns.
Conteúdo Programático:
1 – Introdução à disciplina “Bens Comuns, Direitos Natureza e Conflitos na Amazônia”.
Contextualizar a disciplina
2- Bens Comuns: teoria e prática
a) Noções e importância dos bens públicos e dos bens comuns.
b) Diferentes abordagens teóricas sobre bem comum.
c) Acesso aos bens comuns na Amazônia.
d) Políticas públicas e bens comuns: preservação, conservação, degradação.
e) Povos originários, comunidades tradicionais e o bem comum.
3- Direitos da Natureza
a) Paradigma e Teoria Geral dos Direitos da Natureza.
b) Jurisprudência Nacional e Internacional.
c) Marcos Legais dos Direitos da Natureza.
d) A Relação com os Direitos Territoriais dos Povos Originários e Comunidades Tradicionais / Protocolos de Consulta Prévia.
e) O Papel do Ministério Público na Garantia dos Direitos da Natureza.
4- Conflitos pelos Bens da Natureza
a) Estado, Relações de Produção e Natureza.
b) Disputa e Apropriação dos Bens Comuns.
c) Organização, participação e movimentos sociais.
d) Luta pela Terra e Bens Comuns.
e) Uso dos Bens Comuns.
5- Estudos de Caso
Amazônia Colombiana
Rio Atrato
Rio Whanganui
UHE Belo Monte
Outros
Método de Ensino-Aprendizagem:
Aulas expositivas e dialogadas. Leituras de textos. Ao final os/as estudantes deverão apresentar, em grupo, um estudo de caso que servirá para a avaliação dos mesmos
Bibliografia:
ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de. Antropologia dos Archivos da Amazônia. Rio de Janeiro: Casa 8/Fundação Universidade do Amazonas, 2008.
ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de. Terras de preto, terras de santo, terras de índio – uso comum e conflito. In: CASTRO, Edna M. Ramos & HÉBETTE, Jean (org.). Na trilha dos grandes projetos: modernização e conflito na Amazônia. Belém, Pará: Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará, 1989b. p. 163-196. (Coleção Cadernos do NAEA, nº 10).
CONFLITOS NO CAMPO – Brasil Goiânia: CPT Nacional www.cptnacional.org.br
GEDIEL, José Antônio Peres et al (org.). Direitos em Conflito: movimentos sociais, resistência e casos judicializados: estudos de casos. v. 1. Curitiba: Kairós, 2015. 477 p.
GEDIEL, José Antônio Peres et al (org.). Direitos em Conflito: movimentos sociais, resistência e casos judicializados: artigos e ensaios. v. 2. Curitiba: Kairós, 2015. 340 p.
HARDIN, Garrett. The tragedy of the commons. Science nº 162, p. 1243-1248, dez 1968.
LACERDA, Luiz Felipe (org,). Direitos da Natureza: Marcos para a Construção de uma Teoria Geral. Casa Leiria: São Leopoldo-RS, 2020. 159 p. Disponível em: <http://www.casaleiria.com.br/acervo/olma/direitosdanatureza/index.html>
OSTROM, Elinor. Governing the commons: the evolution of institutions for collective action. New York: Cambridge University Press, 1990. 280 p.
SMITH, Chase Richard & PINEDO, Danny (ed.). El cuidado de los bienes comunes: gobierno y manejo de los lagos y bosques en la Amazonía. Lima-Peru: Instituto del Bien Común, Instituto de Estudios Peruanos, 2002. 410 p. (Estudios de la Sociedad Rural, nº 21).
CARLOS POTIARA RAMOS DE CASTRO
CÉLIA KINUKO MATSUNAGA HIGAWA
EDINÉIA APARECIDA ISIDORO
ELA WIECKO VOLKMER DE CASTILHO
ENAILE DO ESPÍRITO SANTO IADANZA
FABIAN BORGHETTI
FELÍCIO DE ARAÚJO PONTES JUNIOR
FRANCO PERAZZONI
GILBERTO VIEIRA DOS SANTOS
GILNEY AMORIM VIANA
HILTON PEREIRA DA SILVA
JADER SOARES MARINHO FILHO
JOSÉ MAURO BARBOSA RIBEIRO
LAURA ANGÉLICA FERREIRA DARNET
LUIS ANTÔNIO PASQUETTI
MAGNO ANTÔNIO MATAMOROS BURGOS
MANOEL PEREIRA DE ANDRADE
MARCO PAULO FRÓES SCHETTINO
MARIA AUXILIDORA CÉSAR
MÁRIO LIMA BRASIL
MARISA COBBE MAASS
MARTIN LEON JACQUES IBANEZ DE NOVION
MAURO CÉSAR COELHO
SUELMA RIBEIRO SILVA