VICTOR LEONARDI - FUNDADOR DO NEAz
Victor Leonardi nos deixou nesse sábado (6/12/2025). Homenageamos este historiador que tanto contribuiu para o NEAz ser uma referência no Brasil e para tantos e tantas que formou para a vida. Nossa saudade eterna. Deixamos aqui um pequeno resumo do legado de Victor Leonardi, contido em sua página oficial (https://www.victorleonardi.com.br):
Victor Leonardi nasceu em Araras, estado de São Paulo. Lutou pela liberdade e direitos humanos e por isso foi perseguido pela ditadura de 1964. Saiu do Brasil em 1967 e permaneceu exilado durante sete anos, seis deles em Paris onde se graduou. Fez mestrado em sociologia na Universidade de Paris. História da Arte na Escola de Arte e Arqueologia do Museu do Louvre. De volta ao Brasil, tornou-se professor do Departamento de História da Universidade de Brasília em março de 1974. Em 1976, perseguido novamente pela ditadura, saiu da UnB e foi para a Unicamp, como professor-visitante do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas.
Escreveu vários artigos a favor das liberdades democráticas e da convocação de uma Constituinte soberana. Esses textos foram publicados em pequenos jornais clandestinos, das oposições sindicais, que desafiavam a censura imposta pela ditadura. Com a anistia decretada pela Assembleia Nacional Constituinte, Victor Leonardi voltou para lecionar novamente no Departamento de História da Universidade de Brasília, em maio 1987, após onze anos de ausência.
Passou a fazer parte, em 1987, do recém criado Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, da UnB, onde fundou o Núcleo de Estudos Amazônicos (NEAz), realizando vários projetos. Um deles chamava-se Projeto Natterer e foi feito em parceria com o Museu Amazônico, de Manaus. Em 1996, localizaram e fotografaram, num museu em Viena, centenas de peças etnográficas coletadas por Johann Natterer na Amazônia há 170 anos, o que resultou numa exposição itinerante que passou por dez museus brasileiros. Victor Leonardi ajudou a organizar e coordenar, em 2000, a Expedição Humboldt na qual participaram 49 pesquisadores. Durante 62 dias foram navegados 9.200 quilômetros no baixo Orinoco a Belém, o que resultou em vários artigos científicos, milhares de fotos, audiovisuais e exposição de pintura. Foi um dos fundadores de Terra das Águas – Revista de Estudos Amazônicos da UnB.
Publicou 11 livros, escreveu roteiro para 27 filmes-documentários. Com o cineasta Renato Barbieri, seu parceiro mais longevo, escreveu diversos roteiros para vários documentários, um deles foi o filme Atlântico Negro: na rota dos orixás, filmado em aldeias africanas do Benin, sobre as origens do candomblé e do vodu, que foi selecionado e exibido no festival internacional de cinema de Cannes, em 1999.
3º FIA - FÓRUM INTERNACIONAL SOBRE A AMAZÔNIA
EXPEDIÇÃO HUMBOLDT
A Expedição Humboldt, coordenada pelo NEAz e a Universidad Simón Bolívar, da Venezuela, ocorreu de 1/9 a 3/11/2000, nos 200 anos da viagem de Alexander von Humboldt aos rios Orinoco e Negro e ao canal do Cassiquiare. Foram percorridos 14 rios na Amazônia brasileira, no Amazonas venezuelano e na Guiana Francesa. Reuniu 49 pesquisadores de 9 instituições de ensino, pesquisa e extensão do Brasil, Venezuela, França e Estados Unidos.aos

















NEAz NA REDE
O Projeto de extensão Vivência Amazônica tem realizado uma série de entrevistas, rodas de conversa, entre outras, das quais são disponibilizados trechos de alguns deles que buscam mostrar um pouco do que temos ouvido e visto.
Podcast da Revista Darcy, de jornalismo científico e cultural. Em quatro episódios, os podcasts retratam o encontro de estudantes da UnB com os povos da floresta durante a quarta edição do projeto de extensão Vivência Amazônica, realizado em 2019.
Audiovisual produzido pela UnBTV a partir do projeto de extensão Vivência Amazônica, ocorrido em 2018. A série, em seis episódios, mostra a Vivência Amazônica e as atividades realizadas.