Menu fechado

PROJETO DE EXTENSÃO VIVÊNCIA AMAZÔNICA

OBJETIVOS

O objetivo da Vivência Amazônica é proporcionar às/aos participantes uma aproximação à realidade e causas amazônicas e contribuir para o intercâmbio científico, técnico e cultural por meio de pedagogias e práticas de vivências e trocas de experiências, no âmbito da pesquisa, ensino e extensão.

Os/as participantes têm contato com povos originários, camponeses/as, agricultores/as familiares, populações extrativistas, quilombolas, entre outros, e observam os modos de vidas, as práticas e saberes dessas populações. Têm ainda a oportunidade de melhor entender o processo histórico de ocupação e de intensa transformação que vem ocorrendo na Amazônia.

O PROJETO

Os/as estudantes e professores/as constroem a Vivência Amazônica a partir da disciplina “Tópicos Especiais sobre a Amazônia”, coordenada pelo Núcleo de Estudos Amazônicos (NEAz), do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM), da Universidade de Brasília (UnB). A disciplina, é ofertada anualmente e conta com a participação de especialistas de diversas áreas, introduz as questões amazônicas nos âmbitos político, histórico, cultural, geográfico, econômico, ambiental e social. Esta traz diversos conhecimentos e perspectivas sobre a Amazônia, para fomentar o interesse e aproximação dos estudantes com sua realidades.

Desde sua concepção, o Projeto Vivência Amazônica já levou 4 turmas compostas por estudantes, professores e técnicos da Universidade de Brasília. Na primeira Vivência, foram percorridos os estados do Mato Grosso, Rondônia, Acre e a fronteira Boliviana, na cidade de Cobija. Em 2017 a segunda turma percorreu o Estado de Tocantins, atravessou a transamazônica no estado do Pará e finalizou suas atividades em Mato Grosso. A vivência de 2018 resgatou a rota da primeira Vivência em 2016 para participar dos “30 anos de Chico Mendes: Uma memória para honrar. Um legado para defender.” em Xapuri – Acre. No ano de 2019 partiu novamente para o norte, passando por Tocantins, seguindo desta vez para o Maranhão, Pará e Mato Grosso. Nos anos de 2020 e 2021 a pandemia fez com que o Projeto Vivência Amazônica se reinventasse de forma remota. Foram realizados dialogos com povos originários, seringueiros e quilombolas de forma virtual.

ESTADOS DA AMAZÔNIA VIVENCIADOS

Durante suas quatro edições presenciais, a Vivência Amazônica esteve em 6 estados da Amazônia: Acre (AC), Maranhão (MA), Mato-Grosso (MT), Pará (PA), Tocantins (TO) e Rondônia (RO).

ORGANIZAÇÃO

Para a concretização da Vivência, os/as estudantes se organizaram mais de seis meses antes para planejar o roteiro, o período de sua realização e as atividades a serem executadas. De acordo com os idealizadores do projeto, Professor Manoel Pereira de Andrade e Professora Enaile Iadanza, é necessário reduzir o estranhamento para embarcar nessa aventura que dura cerca de 20 dias. O roteiro e a agenda consideram eixos de estudo e pesquisas; os interesses dos/as estudantes e professores/as envolvidos/as no processo; as realidades locais a serem vivenciadas e as relações de afinidade e compromisso estabelecidas pelo NEAz com a região Amazônica, com seus povos, populações, comunidades tradicionais e instituições. 

Os estudantes da disciplina “Tópicos Especiais sobre a Amazônia”, interessados em participar da Vivência Amazônica, se unem, para que no segundo semestre letivo iniciem o processo de organização da viagem. Desde a primeira edição do projeto, seu objetivo era que sua construção se desse de forma democrática, onde a opinião do coletivo seria valorizada e implementada. Essa dinâmica trouxe diversas mudanças na estrutura da Vivência Amazônica ao longo dos anos, otimizando a maneira na qual esta ocorreria.

Como de costume, dada a largada para a contrução da viagem, os estudantes se dividem em comissões. Estas abordam aspectos fundamentais para a realização de uma viagem que levaria cerca de 40 pessoas, dentre estudantes, técnicos administrativo e docentes, num longo período pela Amazônia profunda. As comissões criadas para atingir tal objetivo são:

  • ALOJAMENTO/ALIMENTAÇÃO: Trabalhar em conjunto com a comissão de roteiro para definir os locais de pernoite e alimentação; em conjunto com a comissão de finanças, verificar os gastos para garantir refeições gratuítas ou com valor simbólico aos participantes; realizar compras coletivas de alimentos.
  • CIENTÍFICA/SABERES: Organizar as pesquisas a serem realizadas antes, durante e depois da viagem; Separar os estudantes em grupos de interesse para realizar levantamento bibliográfico, coletar informações no decorrer da viagem e pensar em produtos que serão elaborados antes, durante e posterior a viagem. 
  • FINANÇAS: Realizar o controle de caixa da vivência; traçar planos de arrecadação de dinheiro; garantir o auxílio da universidade para viagens de âmbito nacional; gerenciar as finanças junto às demais comissões que farão uso desses recursos antes e durante a viagem.
  • MOBILIZAÇÃO/COMUNICAÇÃO: Mobizar o coletivo para participar das ações de arrecadação de dinheiro e demais atividades; traçar plano de comunicação, em conjunto com a comissão de roteiro, para entrar em contato com as comunidades e instituições a serem visitadas; realizar ações na universidade, ressaltando o projeto e as questões amazônicas; organizar material necessário para captação de imagem e vídeo; dividir os grupos para captação de imagem e vídeo, de acordo com as localidades; produzir folders, camisetas, bolsas e chapéus, assim como materiais audiovisuais.
  • ROTEIRO/TRANSPORTE: Definir o roteiro a ser percorrido durante a viagem; dialogar com a comissão de alojamento sobre as comunidades e instituições onde o coletivo irá pernoitar; Traçar pontos estratégicos para alimentação e banhos na estrada; Calcular quilometragem e verificar as condições da estrada; articular junto a  UnB a disponibilidade do ônibus, suas condições e motoristas que irão acompanhar os viajantes por todos os dias. 
  • SEMANA UNIVERSITÁRIA (TEMPORÁRIA): Organizar junto ao coletivo uma atividade de 8 horas durante a semana universitária, pautada para o entendimento das pedagogias que abrangem o projeto. 
  • PREVENÇÃO À SAÚDE: Orientar os estudantes para tomarem as vacinas necessárias; Realizar oficinas de primeiros socorros e animais peçonhentos; Garantir que os estudantes preparem um kit de primeiros socorros para a viagem; Verificar condições de saúde dos participantes via formulário. 
  • ORIENTAÇÃO/HIGIENE: Elaborar lista dos itens indispensáveis que devem ser levados pelos participantes; Elaborar documentos para orientar a garantia de auxílios; Coletas dados dos participantes e construir o termo de comprometimento; Separar os grupos que ficarão responsáveis pelas atividades diárias durante a viagem, como alimentação, limpeza dos locais, grupos para escrita do relato diário.

EDIÇÕES DA VIVÊNCIA AMAZÔNICA