Menu fechado
NOTA SOBRE O GENOCÍDIO DO POVO YANOMAMI
O garimpo no interior da Terra Indígena Yanomami é o principal vetor de todos os males que os assolam. É a principal ameaça à sua vida e à natureza. 
Brasil de Fato, abril 2022

O Núcleo de Estudos Amazônicos, do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, da Universidade de Brasília (NEAz/CEAM/UnB) repudia as atrocidades cometidas contra os indígenas Yanomami, no estado de Roraima, durante os últimos anos. 

A situação precária e de desrespeito aos povos originários do Brasil tem sido amplamente divulgada e denunciada, mas a situação recentemente encontrada na Terra Indígena Yanomami é simplesmente inadmissível.

Indígenas acometidos por desnutrição grave, infecções respiratórias, malária, doenças diarreicas, ausência de equipes de saúde, insumos básicos, alimentos, equipamentos, vítimas de diversas formas de violência, comprovam o quão a situação é catastrófica. Como pode o Estado deixar chegar a esse ponto de total abandono e descaso? É grave a violação de direitos humanos. Adultos, jovens, idosos, mas especialmente as crianças Yanomami são as mais atingidas. É preciso tomar providências urgentes e eficazes que garantam o direito à saúde, à educação e à vida dos Yanomami.

O garimpo no interior da Terra Indígena Yanomami é o principal vetor de todos os males que os assolam. É a principal ameaça à sua vida e à natureza. O governo deve tomar medidas concretas e firmes para evitar a continuidade dessa tragédia humanitária e ambiental. É preciso banir o garimpo das Terras Yanomami imediatamente, sob pena de ver este povo exterminado.

Nos somamos a todas as vozes e ações que lutam pela garantia dos direitos dos Yanomami e pelo seu atendimento emergencial. É imperativo que sejam adotadas medidas para a identificação e punição dos responsáveis por este genocídio e todas as atrocidades cometidas contra os grupos mais vulneráveis.

Estamos indignados e indignadas. Não podemos tolerar violações dos Direitos Humanos. É necessário agir para punir os culpados e proteger a vida.

Em defesa da Amazônia e suas gentes
Punição para os crimes contra a vida e a natureza

Brasília, 24 de janeiro de 2023.